O mercado nacional é “injusto as vezes”, alguns modelos que vieram para o Brasil, por alguns “probleminhas” de tropicalização de algumas versões acabam prejudicando a imagem de um modelo ou até mesmo da marca em si, Hoje vamos falar do Peugeot 307 nas versões 1.6 manual, alias todos 307 1.6 são manuais.
Derivado do 306, ele utilizava a mesma plataforma, porem com melhorias, aumentando entre eixos e a largura do carro.
Chegou por aqui em 2002 nas versões SOLEI, Passion, Griffe, Rallye e Feline inicialmente na versão Hatch, em 2003 o modelo SW e Cabrio ambos importados da França, oferecendo um grande pacote de itens de serie até mesmo nas versões mais básicas, já as versões mais completas deixava os concorrentes no chinelo, já contava com freios a disco com abs nas 4 rodas, além do airbag duplo, e cinto de 3 pontos para todos ocupantes.
Então no final de 2004, inicio de 2005, a versão hatch que vinha da França, passa a ser fabricada na Argentina, e os modelos a partir de 2005 passa vir importados dos Hermanos Argentinos.
Na Europa em 2005 ele já recebe o Facelift que chegou no Brasil somente a partir de 2007, mudando a frente do carro, alguns acabamentos internos, pequenas mudanças de motor, e também já passa contar com motor Flex, a versão sedan também aparece por aqui pela primeira vez.
Os modelos da Peugeot, acabarão sofrendo com mercado nacional, pois os mecânicos do Brasil, não tinha experiencia com os motores franceses, além da complexibilidade eletrônica dos carros, a falta de material técnico para aplicar as devidas manutenções era complicada, em uma época em que a internet estava engatinhado por aqui.
A própria Peugeot deixou a desejar no pós venda dos carros, deixando insatisfeitos muitos proprietários, a falta de peças de reposição, mão de obra fraca da época, fez com que os carros da Peugeot ficassem com uma fama ruim, por aqui.
Os modelos equipados com motor 2.0, sofria de aquecimento, a tal tropicalização do carro nunca existiu até 2007, o modelo era feito pra roda em regiões frias da Europa e até mesmo Argentina, onde a marca fazia enorme sucesso.
O câmbio automático chamado de AL4 desenvolvido pela Peugeot, Renault, e Citroen, tinha uma propaganda de óleo Life Time, onde enchia os olhos de quem iria comprava, achando que não iria ter problemas na transmissão, ou que a mesma não necessitava de manutenção, propaganda essa que custou caro para ambas montadoras francesas.
O fluido de transmissão em terrenos frios, onde ele foi feito para rodar, não sofria degradação acelerada, porem aqui no Brasil, e terrenos tropicais, clima quente ele gerou muitas dores de cabeça para os proprietários, e até mesmo processos as marcas.
Um conjunto de erros, falta de preparo técnico das concessionárias, fez com que os modelos franceses em geral tivessem uma reputação de carros ruins até então.
Após toda repercussão negativa da marca no Brasil, os carros tiveram uma desvalorização grande devido a falta de confiabilidade que a marca passou para seus cliente, infelizmente é uma realidade, pois como mencionei não foi apenas um erro, mas sim uma serie de erros, que fizeram a Peugeot ter essa fama.
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Em 2007 já como modelo 2008, a Peugeot lança o facelift do 307, com a imagem da marca chamuscada, ela tenta corrigir os erros do passado fazendo algumas melhorias, mas ainda cometendo algumas “cagadas” nesse mesmo ano o 307 que tinha as versões Solei, Feline, Griffe, passa a ter os modelos Presence, Presence Pack, Feline, e Griffe, Milesim, e Premium, as versões Solei e Passion sai de linha.
Sendo os modelos Presence de entrada, equipados com calotas e aro 15 porem muitos itens de serie a frente dos concorrentes
O modelo Presence Pack, que conta com teto solar de serie, e opcionais como banco de couro, som com bluetooh entre outros itens também já vinha de serie com roda de liga leve aro 16.
Ambas versões Presence/Presence Pack equipadas com motor TU5JP4 1.6 de 16v e 110 cv
Os modelos Feline tinha o EW10 2.0 de 16v de 140 cv, versão essa intermediaria, o modelo Griffe que vinha com mesmo motor, porem topo de linha.
Na escala então o 307 ficou com as seguintes versões
Presence “Versão de entrada” 1.6 16v 110cv
Presence Pack “Versão Intermediaria” 1.6 16v 110cv
Feline “Versão mais top com opcional de cambio automático” 2.0 16v 143cv
Griffe “Versão Topo de linha” 2.0 16v 143cv
Algumas edições de comemoração como modelo Millesim comemorando os 200 anos da marca, vinha equipado com motor 1.6 16v, aero folio de serie, e outras bijuterias, apenas 1500 unidades foram produzidas.
O modelo Premium, também foi vendido como versão top de linha com todos itens de serie, e seria está a versão de despedida já que o 307 iria sair de linha em 2012.
Mesmo após o facelift, melhorias no motor, novo sistema flex etc, os problemas com cambio AL4 ainda existia.
As versões com cambio manual, não tinha problemas relacionados com motor e cambio, a maior reclamação dos proprietários era em relação a suspenção, que apesar de oferecer um bom conforto, não era adequada as ruas Brasileiras, fazendo com que tivessem desgastes prematuros, e com o preço das peças em concessionaria alto fez a marca perder ainda mais espaço.
Atualmente a Peugeot ainda oferece o bom e velho TU5 no modelo 208 agora em 2022, obviamente ele recebeu mudanças, agora 120 CV, polia variável uma das mudanças, fazendo com que a falta de potencia em baixas rotações “reclamação antiga” fosse resolvido, e considerando que o 208 é muito mais leve que o 307 oferece bom desempenho aliado a bom consumo de combustível.
Nos dias de Hoje no mercado de usados, o 307 nas versões presence e presence pack, oferece muitos itens de serie, além de ótimos opcionais, sempre a frente dos concorrentes.
O que podemos falar é que é um bom motor a versão 1.6 16v muito confiável que aguenta muito desaforo, além de baixa manutenção, é estranho falar isso mas é verdade, o tu5 tem manutenção barata e não possui defeitos crônicos, o maior problema se é que pode dizer que é um problema, é em relação a junta da tampa de válvulas que costuma vazar, mas é um problema fácil de resolver e de custo muito baixo.
Tirando os problemas cronicos das versões automáticas, os Peugeot sofreram muito com a falta de manutenção, proprietários que não deram as devidas manutenções corretas, mecânicos fracos, e a própria fábrica vendendo o carro equipado com o câmbio AL4 com “óleo life time “ entre peças caras ou até mesmo falta delas.
Nos dias atuais, é fácil manter um 307, o mercado de reposição tem peças de boa qualidade, e hoje temos mecânicos mais bem preparados para mexer nos carros, temos até oficinas especializada em carros franceses.
Não se pode comparar a manutenção de um Peugeot ou Citroen, com carros nacionais, são carros que estão em uma categoria superior na questão de técnoligias comparado aos nacionais.
Porem mesmo assim são tranquilos de manter, outro problema que vemos muito em fóruns, e grupos de whats, são gambiarras feitas nos carros, São carros que possui rede cam, um sistema de rede complexo que não aceita gambiarras eletrônicas, alterações elétricas não são bem vindas, por tanto na hora de escolher, procure o carro mais original possível, sem alterações.
Respondendo a pergunta vale a pena ter um Peugeout 307 1.6 Presence ou Presence pack hoje em dia?
Com certeza sim, como mencionei ele oferece muitos itens de conforto, uma segurança exemplar, e baixa manutenção.
Nossa dica para você que tem interesse de comprar, procurar o carro com manutenção em dia, sem gambiarras, sem alterações, o mais original possível.
Certamente se você encontrar um exemplar bem cuidado, com as devidas manutenções, e manter o mesmo devidamente cuidado, tenho certeza que você terá outra visão da marca.
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